Foto: http://www.babycouture.in/

Como hoje é comemorado o Dia da Escola, vou fazer um post especial sobre adaptação escolar.

Não sei se temos muito o que comemorar, afinal, a educação no Brasil não anda nada bem e muitas crianças estão sem aula hoje devido à greve de professores que atingiu inclusive a rede particular. Mas não vou entrar em polêmica e vou focar nas minhas experiências com a adaptação escolar. Tive duas experiências de bebês entrando na escola, ou melhor, creche.

Meu primeiro filho, Luca, entrou na creche com sete meses, pois na época eu tive direito à licença maternidade de seis meses e mais dois meses de férias vencidas.

Deu tempo de fazermos uma adaptação de três semanas. Ele ficou muito bem no ambiente da creche. Na verdade, quem precisou se adaptar fui eu.

No primeiro dia, ficou 1h e eu junto com ele no berçário cheio de bebês fofos. Eu queria largar a carreira de jornalista e trabalhar ali, coisa mais gostosa! No segundo dia, ficou 2h e assim foi indo. No dia em que ele ficou mais tempo e eu fui gentilmente dispensada pela recepcionista, fui pra casa totalmente perdida. Cheguei, fui até o quarto dele e pensei: “o que faço agora?” Senti muita falta dele, até porque ficamos muito tempo juntos, só nós dois, na licença. Ele ficou muito bem na creche, não chorava para ir e, na verdade, só começou a comer lá. Como ele teve amamentação exclusiva até seis meses, foi uma guerra para pegar a mamadeira para tomar suco ou comer frutinhas com colher. Em casa eu tentava, meu marido tentava, minha mãe tentava, mas só conseguiram mesmo na escola.

Enfim, eu sofri muito com a adaptação na creche e ele ficou bem, mas logo depois, quando eu voltei a trabalhar e comecei a chegar tarde em casa ou não vê-lo pela manhã, ele começou a acordar de madrugada, coisa que nunca fazia. Na primeira vez em que ligaram avisando que ele estava com febre eu quase tive um infarto. Trabalhava muito longe e até chegar à creche passaria muito tempo, então minha mãe me dava uma ajuda, mas quem disse que eu conseguia continuar trabalhando?

Já meu segundo filho, Enrico, foi para a creche na véspera de fazer cinco meses. “Tão pequeno, como ela fez isso?”, algumas mães devem estar se perguntando…

Eu tinha mudado de emprego e só tinha direito aos quatro meses de licença, mais um de férias e 15 dias de licença amamentação. Ou seja, ele teve apenas duas semanas para se adaptar. Mas segundo filho é segundo filho, assim como terceiro deve ser terceiro… E ninguém entra duas vezes no mesmo rio, pois o rio já não é mais o mesmo e a gente também não.

Então, nesta segunda vez eu já era outra, confiava muito na creche (ele entrou na mesma creche do irmão), e tinha a certeza de que estava oferecendo o melhor que eu podia para o meu filho já que precisava trabalhar. Sou e sempre serei uma convicta defensora das boas creches para os bebês em vez de cuidadoras. Enrico também estava começando a introdução alimentar, mas foi totalmente diferente. Era menor do que o Luca quando começou (4 meses e meio x 7 meses), mas pegou de primeira o suco de laranja logo que ofereci. E mesmo sendo eu a oferecer. As frutas depois também foram sucesso. Então na creche já chegou querendo comer tudo o que podia. É claro que a introdução foi sendo feita aos poucos de acordo com o que o pediatra dele liberava.

Ele também ficou bem e não chorou, mas acredito que ter o irmão ali por perto tenha ajudado. Quando ele ficava doente eu já sabia que fazia parte e não ficava mais histérica, sabia que ia passar. Quem tem filho precisa conviver com doença, infelizmente. Enrico também não dormia a noite toda ainda então eu não senti diferença no sono. Na verdade, acho até que ele passou a dormir melhor, pois devia ficar cansado com as atividades da creche.

Ah, ele também ficava menos tempo na creche, 8h. Quando ele começou a frequentar a creche eu já tinha uma pessoa fixa ajudando com a casa e para reduzir os custos combinei que ela ficava com os meninos até o início da manhã, levava-os para a creche (que fica na minha rua) e, assim, o horário do Luca também reduziu para oito horas. Os dois sempre adoraram a creche! Só tive problemas com o Luca de não querer ir para a escola quando estava grávida, mas era uma clara demonstração de ciúmes. O Luca se formou lá no ano passado e o Enrico toda vez que passa por perto fala com o peito cheio de orgulho: “olha a MINHA escola”.

Pin It on Pinterest