Eu já tinha falado aqui no stories sobre minha alegria ao descobrir a caixa de lápis de cor da Faber-Castell que decreta o fim da cor de pele. Mas foi em janeiro, quando fui comprar material escolar e como tem sempre gente nova chegando por aqui e esse assunto merece destaque, resolvi postar no feed. A marca de lápis de cor que é referência desde a minha infância me deixou muito feliz quando lançou uma caixa de lápis com 12 cores variadas e mais seis tons de pele que vêm de graça: https://amzn.to/2lFRNWB. Também tem a caixa com 24 cores + seis tons de pele: https://amzn.to/2nMayIy. O objetivo é valorizar a diversidade étnico-racial.
Me fez lembrar quando meu mais velho (hoje com 8 anos) estava no Pré-I na creche (de 4 para 5 anos) e me deu uma lição de moral sem saber. Eu e ele brincando de desenhar e eu pedi: “Luca, me passa o lápis cor da pele”. Ele: “Mamãe, não existe cor da pele, essa é a cor da sua pele, mas tem gente que tem pele branca, tem gente que tem pele marrom”. Parei por um momento e pensei. Nunca tinha parado para pensar nisso porque ninguém nunca tinha aberto meus olhos, desde a infância o bege sempre foi “cor da pele”. Mas ele tinha muita razão e me senti mal por um momento porque mais uma vez o branco se colocou como superior e definiu que a sua pele era “a única cor de pele” . Passado o choque e a ciência de que na verdade a culpa não era minha, afinal eu não sabia que estava falando algo errado e sendo egoísta, abracei e beijei o pequeno e percebi que essa geração tem tudo para ser muito melhor do que a minha. E agradeci muito à creche também, afinal, foi lá que ele aprendeu o conceito de “tons de pele”.